terça-feira, 10 de julho de 2012

EM DIA DE FLAT MAROLA VALE

Existe um preconceito entre os adeptos do surf quanto as marolas, mas a verdade é que todos surfista um dia foi maroleiro e quando desenvolve um pouquinho a sua técnica esquece o porque de surfar, o Surf em sí começou com o Drop, o ato de deslizar sobre as ondas, não era essa evolução de manobras radicais que são maneiras sim, mas que não resumem a essência do Surf. Vi um vídeo do tri-campeonato do Tom Curren sobre o Kelly Slater no Lacanu Pro, na França em 1990. O surf do Tom era um belo surf, ele deslizava pela onda com estilo era um surf mais horizontal que tinha harmonia com o desenho da onda. O S do Fábio Gouveia lembra bastante o estilo do  Curren. Deixar de surfar as marolas pode ser deixar de sentir a harmonia homem-mar, quando o mar está pequeno pego o meu long e vou deslizar sobre as águas e quer saber? Saio de lá satisfeito, leve, de cabeça feita, quando as ondas estão maiores pego minha vector, que é conhecida com evolution, uma prancha híbrida com tamanho de fá e desenho de shortboard, e vou para o mar, o importante é surfar a onda, sejam grandes ou pequenas. Já passei vários dias na fissura querendo surfar, mas preso a este preconceito, não por causa dos outros mas por mim mesmo, " puxa não vale a pena, só dropar não tem graça", mas o que me encantou no Surf quando comecei? Foi o simples fato de ficar em pé numa onda. O que mudou? A alegria, surfar é expressão da harmonia entre o homem, a prancha e o mar. Se as ondas estão pequenas e o mar está flat, pego meu long e me satisfaz, se me chamarem de maloreiro não importa, o que importa é surfar, em dia de flat, pra mim marola vale.

Valeu!

Pr. Emerson.

Nenhum comentário: