Moro e surfo num dos lugares mais paradisíacos do mundo, uma região reconhecida internacionalmente e de uma beleza impar. A Praia do Forte em Cabo Frio. No domingo dia 06-05, sai do culto e me uni a minha esposa e fomos a praia, chegando lá tentei entrar no mar e não consegui, minha prancha tem muita borda e um tamanho razoável que dificultou um pouco a entrada, isso aliado a minha falta de preparo físico, foi um prato cheio, então saí de onde estava e peguei minha esposa e fomos para o canto do Forte, perto da duna preta, hoje protegida por cercas, por ser considerado área de preservação, entrei então no mar e quando cheguei no outline, percebi algo muito desagradável. Um grande número de dejetos fecais (vulgo cocô), acompanhado de pedaços de plástico, papel higiênico e outros tipos de sujeira, estas que não costumo ver na praia. Peguei uma onda e me retirei decepcionado.
Cabo Frio é um lugar lindo pra se viver, ainda mais pra a prática do surf, a poluição não é uma realidade na praia do Forte, o que vi me deixou muito preocupado, pois as autoridades estão relaxando, e se isso pega, teremos que surfar ao lado do lixo, correndo o risco de infecções, até que não poderemos mais entrar na água como em grandes centros.
Talvez tal alerta possa soar trágico, dado o fato de que essa constatação ainda é algo incomum aqui, mas com o desenvolvimento da cidade e a grande escalada do turismo, temo que possa se tornar uma constante. Tudo começa pequeno até tomar grandes proporções. Cabo Frio não tem uma costa muito grande que não possa ser patrulhada.
Outro fator preocupante na prática dos esportes aquáticos em Cabo Frio é o grande número de Jet Skis trafegando em meio aos surfistas e diga-se de passagem, dos banhistas, no sábado anterior a esse fatídico domingo, tive que gritar para não ser atropelado por um Jet Ski em alta velocidade. Volto a repetir, Cabo Frio, não possui uma grande costa pra ser patrulhada, é preciso boa vontade das autoridades para coibir tais adventos e não permitir que o lazer de muitos venha a ser marcados por episódios de dor e perigo a saúde pública. Essa não é uma crítica política a nenhum governo, mas um alerta e desabafo de quem tem o privilégio de surfar nessa praia maravilhosa. Se nada for feito, teremos praias impróprias para o banho e pessoas sendo vitimadas por condutas irresponsáveis. É melhor evitar o desastre e preservar a vida, pois mesmo que se peguem e jugue-se o infrator depois, alguém já perdeu a vida, já perdeu partes do corpo.
O melhor nesse caso é previnir, e tornar a praia um local seguro para diversão dos ela frequentam. Bom para quem desfruta, bom pra cidade.
Deus abençoe a todos, e também as nossa autoridades.
Pr. Emerson Silva
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